quinta-feira, 19 de maio de 2011

Lullaby *.*

Não sinto nada.
Este transe que se apoderou de mim não quer ir embora.
Esta dor não quer desaparecer. Vai-me levar com ela.
Tudo á minha volta está cinzento, nublado, obscuro
Não sou capaz de encontrar o caminho... a minha Luz deixou de brilhar deixando-me no escuro.
E então chorei,
Gritei,
Berrei, rasguei, cortei
Lágrimas de sangue percorrendo o meu rosto,
Cada vez mais sofucada pela dor,
Afogando-me no encarnado desespero...
O grito do meu coração está cada vez mais barulhento mas ninguém o ouve...
As minhas forças faleceram, deixaram-me estendida no chão, frio, duro.
Vejo o sangue correndo em minhas veias
Escorrendo pela minha pele... De alguma forma estou viva...
Enfiada num corpo vazio...mas vivo.
E pergunto-me o que raios aconteceu...
Não encontro a resposta... acho que, quando mais ninguém me conseguiu tirar da escuridão, precisei de uma prova que o meu coração ainda batia.
Perdida, desorientada, esquecida, anestesiada
Não respiro, não sonho, não sinto
Deus não ouve minhas orações.
Quando a Lua sobe no ar e o Negro invade o céu, ouço:
"Go to sleep and close your eyes, and dream about broken butterflies that tore their wings against a thorn.
You know the pain thatthey have endured, silver metal shine so bright, scarlet blood that feels so right.
Dream of that blood trickling down, and wake up just before you drown.
The moonlight shinning off your tears as you bleed out your worst fears.
So tonight when you start to cry, whisper the cutters lullaby."