sábado, 27 de fevereiro de 2010

Primeiro Amor *.*



Quando tinha 6 anos tive o meu primeiro amor. Éramos duas crianças tão inocentes, tão puras, tão felizes. E nada podia mudar o nosso sentimento. Éramos pequenos mas tão um para o outro. Até que ele me partiu o coração. Nem um bilhete me deixou na sua partida...
Aprendi o significado da palavra "Dor". Não uma dor fisica, mas sim uma dor que não consigo explicar. Costumavam dizer que adoravam ver-nos juntos, duas crianças que nem sabiam o que é o amor, mas que eu era a menina dos olhos dele e isso era a coisa mais querida do Mundo. Quando se é criança, temos de saber dar tolerância aos adultos e eu sabia que eles estavam enganados. Nós eramos crianças, mas aprendemos o verdadeiro sentido de amar. Desde aí nunca mais tive um amor assim. De entrega completa.
Uma harmonia das palavras, do sentido de viver.
Até teres aparecido, como um ajno vindo de Lá de cima.
E fizeste-me lembrar o amor de há 9 anos atrás. O olhar de engatatão mas que na verdade não passa de uma alma inocente.
Tinhas o mesmo olhar, a mesma maneira de ver a vida.
Abalas-te o meu Mundo de uma maneira inexplicavél...
Fizeste-me bem, feliz mas agora tudo mudou.
Sabes o que eu sinto, e sei que te preocupas. Para quê falar em silêncio, AMAR em silêncio?

Não me deixes agora, sabes que me vais partir o coração.
Estou em pedaços, babe arranja-me, e abana-me até eu acordar deste sonho mau.
Estou cada vez mais, mais em baixo porque não posso acreditar que o meu primeiro amor voltou a viver

-Pára com os jogos de criançinha parva. Não vês o que estás a fazer? O primeiro amor desfez-me o coração e pela primeira vez fizeram-me sofrer.
És igual mas eu não posso deixar que tu um dia me irás abandonar. E apesar de tudo nada se pode igualar, ao quanto te amo. Nem tu o consegues imaginar.
Só te peço um favor, não caias na mesma asneira. Eu sei que há outra mas ela não é a barreira.
Entrega-te de corpo e alma a mim, e verás que para o amor não há um fim.
Agora recuperei aquilo que outrora perdi e a minha vida voltou a ter cor. Já não sei viver sem ti por isso não me abandones como o meu Primeiro Amor.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Droga

Disseram-me para não experimentar, que nunca mais ia ser a mesma, que se tornaria um vicio.
Mesmo assim não dei ouvidos.
Experimentei e aquela injecção foi das fortes, foi bem profunda. Naquele momento estava tão bem, tão feliz...mas as duas horas seguintes...o quanto elas são dificeis de ultrapassar.
Começava a ficar impaciente, à toa, ansiosa por mais uma dose, mas nunca mais chegava...e eu já sem me conseguir aguentar.
Vinha a noite e eu não conseguia dormir. Só pensava: "Amanha terei a quantidade que preciso, talvez até a aumentarei". Mas quanto mais me davam, mais eu queria!
Sabia que aquilo podia ser perigoso, talvez fatal, e que tinham razão quando me disseram para não o fazer, mas bastava mais uma injecção e eu esquecia tudo, todo o mal. Andava mal sem ela, sem reacção até a minima dose servia para eu esquecer.
Foi assim que passei largos meses da minha vida, até que parei. Tentava não pensar e por semanas consegui passar sem aquela droga, mas tive uma recaida, não resisti e cai na tentação.
Não há meneira de poder controlar.
Tu, minha droga, alimentas o meu vicio de te amar e por muito que eu tente deixar, a injecção e a dose foram grandes demais para eu largar.
Vem, não tenhas medo de me drogar, depois da 1ª vez a experimentar, não há volta a dar.
Penetra-te em minhas veias, perfura o meu coração.
Não quero que me deixes pois tu fazes-me esquecer a dor.
Ei-de morrer com a overdose do amor.