quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Droga

Disseram-me para não experimentar, que nunca mais ia ser a mesma, que se tornaria um vicio.
Mesmo assim não dei ouvidos.
Experimentei e aquela injecção foi das fortes, foi bem profunda. Naquele momento estava tão bem, tão feliz...mas as duas horas seguintes...o quanto elas são dificeis de ultrapassar.
Começava a ficar impaciente, à toa, ansiosa por mais uma dose, mas nunca mais chegava...e eu já sem me conseguir aguentar.
Vinha a noite e eu não conseguia dormir. Só pensava: "Amanha terei a quantidade que preciso, talvez até a aumentarei". Mas quanto mais me davam, mais eu queria!
Sabia que aquilo podia ser perigoso, talvez fatal, e que tinham razão quando me disseram para não o fazer, mas bastava mais uma injecção e eu esquecia tudo, todo o mal. Andava mal sem ela, sem reacção até a minima dose servia para eu esquecer.
Foi assim que passei largos meses da minha vida, até que parei. Tentava não pensar e por semanas consegui passar sem aquela droga, mas tive uma recaida, não resisti e cai na tentação.
Não há meneira de poder controlar.
Tu, minha droga, alimentas o meu vicio de te amar e por muito que eu tente deixar, a injecção e a dose foram grandes demais para eu largar.
Vem, não tenhas medo de me drogar, depois da 1ª vez a experimentar, não há volta a dar.
Penetra-te em minhas veias, perfura o meu coração.
Não quero que me deixes pois tu fazes-me esquecer a dor.
Ei-de morrer com a overdose do amor.

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